quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Projeto quer transformar Igrejas em cinemas


Durante muito tempo salas de cinema e teatros a beira da falência foram transformados em igrejas. Agora, um projeto quer transformar igrejas em cinema.
Rick Santorum, que já foi senador e candidato a presidente nos EUA, atualmente é o CEO da EchoLight Studios, uma produtora de filmes cristãos. Seu plano é driblar as dificuldades que encontra para que filmes com temática de fé e com valores cristãos cheguem até o grande público.
Seu desejo é uma parceria com igrejas na distribuição de filmes. Ao lançar a plataforma EchoLight Cinemas, Santorum disse que seus filmes já foram boicotados por distribuidoras e têm dificuldade de chegar a muitas salas de cinema por tratar de assuntos que são considerados “politicamente incorretos”.
Ao firmar um acordo com 150 igrejas, explica que fará eventos pagos em igrejas em vez dos cinemas tradicionais. Seu objetivo é ter pelo menos 300 templos confirmados antes do lançamento do primeiro filme, ainda este ano.
Cada vez que um pastor inscreve sua igreja, assume o compromisso de oferecer as condições para que seja reproduzido o ambiente de uma sala de cinema, com som e qualidade de projeção compatíveis. Eles receberão o filme e terão 60 dias para realizar quantas sessões quiserem nesse período. A produtora recebe 5 dólares de cada entrada vendida. Caso as igrejas queiram cobrar mais para cobrir custos, ficará com a diferença.
Sendo assim, os pastores podem optar em cobrir os custos e exibir os filmes gratuitamente para suas comunidades. “Não há nenhum risco para a igreja. Nós vamos produzir um filme por trimestre”, explicou Santorum. “Nosso mercado principal, o nosso público alvo são os cristãos. Que lugar melhor para estrear nossos filmes que nas igrejas? ”
Ele reconhece que essa pode ser uma ferramenta estratégica para os dias de hoje e afirma que falta opções de diversão sadia para famílias cristãs no cinema e na TV. Para ele, a iniciativa poderá ajudar outras produtoras cristãs que lutam com dificuldade para distribuir seus filmes no circuito comercial. Sua expectativa é que o modelo possa ser repetido em outros países do mundo, gerando o hábito de usar os templos para oferecer opções para um “programa de família”.
Embora tenha crescido o número de produções cristãs nos últimos tempos, impulsionado por sucessos como “Filho de Deus” e “O Céu é de verdade”, várias apostas de Hollywood para esse público apresentaram uma mensagem distorcida, como o criticado “Noé”.
Uma pesquisa recente mostrou que os espectadores cristãos querem ver filmes “biblicamente mais corretos”. Os dados do levantamento foram divulgados pela Christian News Service, que constatou que “a exatidão histórica e bíblica é importante” para a maior parte desse público.
O fato é que a maioria das produções feitas por cristãos para cristãos não consegue espaço no concorrido mercado cinematográfico. Uma das grandes surpresas deste ano, o filme Deus não está morto bateu recordes de arrecadação para uma produção do gênero. Mas para efeitos de comparação, atingiu menos de um quarto do número de salas de cinemas que exibem uma grande produção de Hollywood.

Com informações de The Blaze

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