quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Número de evangélicos cresce mais em igrejas às margens das rodovias

Uma pesquisa realizada com base no Censo Demográfico de 2010 do IBGE mostra que as igrejas que ficam à margem da Via Dutra (Rio de Janeiro e São Paulo) e na BR-101 (Rio de Janeiro – Espírito Santo) crescem mais que as igrejas afastadas das rodovias.
Um dos exemplos de ministérios que estão prosperando nessas localidades é a Igreja Projeto Vida de Nova Iguaçu que fica às margens da Dutra. Quando foi inaugurada, há cinco anos, a igreja tinha apenas oito membros e hoje um culto chega a atrair 250 pessoas.
Para o pastor Márcio Gonçalves há uma explicação para este fenômeno: “Há uma crise de valores na sociedade, que tem levado as pessoas a buscar respostas para suas angústias financeiras e familiares. Elas querem ser bem recebidas e assistidas nas dificuldades. A Igreja Evangélica faz esse acolhimento”.
Mas para os pesquisadores José Eustáquio Diniz Alves e Luiz Felipe Walter Barros, responsáveis pelo estudo intitulado de “A transição religiosa brasileira e o processo de difusão das filiações evangélicas no Rio de Janeiro” o que faz com que essas igrejas aumente o número dos fiéis é a facilidade proporcionada pelas grandes estradas.
As rodovias permitem que fiéis evangelizem e atraiam novos seguidores para a religião, o que não acontece nas cidades afastadas. Segundo o Censo, em 2000 dos 92 municípios fluminenses os evangélicos eram maioria apenas em Silva Jardim, na Baixada Fluminense. Hoje já representam a maioria em 18 cidades do Rio.
Os pesquisadores anotaram que o crescimento dos evangélicos está ligado à diminuição do número de católicos. “É um caminho irreversível. A Igreja Católica se acomodou e não está reagindo à ascensão protestante. Nem o Papa latino conseguiu estancar essa sangria”, disse o pesquisador José Eustáquio para o jornal O Dia.
Na última década o número de católicos cresceu em apenas dois municípios fluminenses: Macuco e São José de Ubá que ficam quase na fronteira com Minas Gerais, ao Norte do estado. Enquanto isso em Queimados, Silva Jardim, Japeri e Seroédica o número de fiéis da Igreja Católica caiu para menos de 30% da população. Já nas cidades de Angra dos Reis e Paraty os católicos já são menos que a metade da população.

Com informações O Dia

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