Uma série de execuções bárbaras mostram que a crueldade dos membros do Estado Islâmico não tem limites. Foram divulgados vídeos na internet mostrando a execução de 15 “espiões”. Segundo a imprensa internacional, as gravações ocorreram na cidade de Mossul, no Iraque.
São três momentos distintos. O primeiro vídeo mostra cinco homens sentandos em um carro que é destruído por um explosivo lançado por um soldado do EI. O segundo mostra quatro homens presos em uma jaula que é mergulhada em uma piscina até que todos se afoguem. O último mostra sete homens amarrados pelo pescoço numa corda com explosivos. Quando detonados, arrancam a cabeça das vítimas.
As justificativas são que aqueles homens teriam praticados atos de traição, sendo aliados da coalizão americana e árabe que luta contra o grupo extremista. O vídeo com as execuções mostra vários “depoimentos” e avisa que todos que se oporem ao EI terão o mesmo destino. O material acabou apagado do Youtube, após reclamações, mas existem cópias em outros sites de vídeos.
O Estado Islâmico sempre usou a internet para divulgar suas atividades. Mas choca a “superprodução” que tem se tornado as execuções. A filmagem dos que foram afogados contou com câmeras subaquáticas cuidadosamente instaladas na jaula para mostrar toda a angústia do momento.
Outro fato que chamou atenção foi a condenação de dois adolescentes que teriam quebrado o jejum obrigatório durante o mês sagrado do Ramadã. O oitavo mês do calendário muçulmano é sagrado e não é possível comer nem beber nada desde o nascer até o pôr do Sol.
Sendo assim, a execução dos jovens que, segundo fontes, não teriam mais de 18 anos teria sido injustificável. Os meninos, foram enforcados seus corpos ficaram expostos na cidade de Mayadin, na Síria, informou a ONG Observatório Sírio.
Contudo, segundo o jornal The Independent, também teriam sido crucificados, o que segundo a prática do EI, seria reservado aos cristãos. Como as informações sobre a guerra civil na Síria muitas vezes são imprecisas, é impossível afirmar que os jovens seriam cristãos e por isso não respeitaram o jejum. Isso justificaria suas mortes. Afinal, pela tradição islâmica a abstenção de alimentos não é obrigatória para crianças, grávidas, idosos, doentes e pessoas que estão viajando.
Outras execuções chocantes divulgadas pelo EI desde seu surgimento incluem decapitações, crucificações, pessoas sendo jogadas do alto de um prédio e queimadas vivas. Em fevereiro, a Unicef publicou um documento indicando que houve “centenas de execuções de crianças”, sobretudo filhos de cristãos.
Existem vários relatos de sequestros de crianças que são forçadas a pegar em armas e lutar ao lado dos soldados do EI. Embora a UNICEF faça parte da ONU, desde 2011 que as Nações Unidas observam o que acontece no Oriente Médio, mas nenhuma intervenção foi feita ainda.
Com informações de IB Times
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