quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Igreja do Reino Unido realiza o primeiro “batismo para transgêneros”

Uma igreja do Reino Unido anunciou que está realizando batismos de membros “transgêneros”. A iniciativa foi tomada após um casal que frequentava o templo explicar a situação do seu filho, a quem identificavam como menina.
Jean Clements, o líder da New Chapel Unitarian and Free Christian Church, na região de Manchester, explicou à imprensa que sua congregação “está muita disposta a aceitar a mudança e o progresso da sociedade”. Também ressaltou que unitários como um todo são “defensores da liberdade e da tolerância”.
“Senti-me triste pelo fato de esta família sentir-se julgada por muitas igrejas tradicionais”, explica Clements. “Eu gostaria de agradecer a essa menina corajosa por me inspirar a pensar cuidadosamente sobre esta questão”.
Derek McAuley, líder da denominação Assembleia Geral Unitariana no Reino Unido, que reúne 170 igrejas, comunicou que as outras congregações devem seguir o mesmo caminho. A cerimônia serviria para “oficializar” a troca do nome e de gênero.
A Igreja da Inglaterra (Anglicana), maior denominação do Reino Unido, já anunciou que pretende realizar esse tipo de cerimônia para “transgêneros”.
Chris Newlands, pastor de denominação na cidade de Lancaster Priory, propôs a adição ao Sínodo Geral no ano passado. Na ocasião, relatou que pretendia ajudar uma menina que se identifica como menino que queria ser batizada de novo com seu nome masculino.
“Eu disse, ‘Depois que você foi batizado, está batizado'”, lembrou Newlands. “[Mas] ele disse, ‘Eu foi batizado como uma menina, com um nome diferente.'” Sua decisão foi fazer uma cerimônia que reafirmava os votos batismais. Assim, pudemos apresentá-lo a Deus com o seu novo nome e sua nova identidade”, disse ele.
A proposta de Newlands de oficializar esse tipo de batismo já foi aprovado pelo conselho da igreja, pela Diocese de Blackburn e pelo Sínodo local. Consta na agenda de assuntos a serem debatidos no próximo Sínodo Geral. A tendência é que seja aprovada, uma vez que a denominação já ordena transgêneros como pastor.
Por enquanto, a proposta encontra resistência de uma minoria, a qual acredita que ela vai contra os valores cristãos. “Reconhecer todas as pessoas é algo que a igreja deve fazer, mas dar sua bênção para alguém que mudou de sexo?”, questiona o pastor Andrew Symesn. “A fé cristã sempre ensinou que Deus criou macho e fêmea”, lembra.
Para ele e outros líderes, há o reconhecimento que muitas pessoas estão mudando de gênero, mas “isso vai contra os ensinamentos da igreja até agora.”
A ideia de um batismo para transgêneros não é nova. Uma denominação luterana dos Estados Unidos já faz isso.

Com informações de Christian News

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