O pastor Silas Malafaia decidiu entrar de vez na campanha eleitoral de 2016. Após ter gravado um vídeo onde pede abertamente que os cristãos não votem em candidatos de esquerda decidiu nominar especificamente quem são os prefeituráveis que ele considera perigosos.
Em seu canal no Youtube, publicou uma série de vídeos onde fala sobre as corridas eleitorais em várias capitais. Para o Rio de Janeiro foi necessário alertar contra as candidaturas de Freixo (PSOL), Jandira (PCdoB) e Molon (REDE). Em São Paulo, manifestou-se contra os candidatos Marta (PMDB), Haddad (PT), Erundina (PSOL). Já para Porto Alegre, mencionou Luciana Genro (PSOL) e Raul Pont (PT). Falando aos cristãos de Cuiabá, pediu que não votassem no Procurador Mauro (PSOL).
Em todos os vídeos, Malafaia lembrou que existem propostas partidárias registradas que revelam a verdadeira “agenda” dessas legendas, que incluem a luta pela legalização das drogas e do aborto, a defesa da ideologia de gênero e casamento gay. A maioria dos candidatos citados pelo pastor não fizeram questão de comentar as acusações.
Procurador Mauro diz que é cristão
Apenas o procurador Mauro decidiu dar sua versão dos fatos. Segundo as pesquisas, ele é o favorito para assumir a prefeitura de Cuiabá. Em seu programa de TV, negou enfaticamente que defenda as pautas denunciadas por Malafaia. O mesmo tipo de alerta vem sendo feito pelos candidatos a vereador do Partido Social Cristão (PSC) durante o programa eleitoral. Como estratégia, Mauro tem usados nas entrevistas um discurso que nega os preceitos de seu partido.
Em sua inserção na TV nesta terça-feira (20) declarou: “Os pastores Silas Malafaia e Victório Galli com o objetivo de apoiar outras candidaturas estão espalhando mentiras a meu respeito. Não é verdade o que eles estão dizendo”.
Afirmando ser “católico praticante” e “cristão”, anunciou o que chama de posicionamento pessoal: “Sou contra modificações na legislação do aborto. Sou contra a legalização das drogas. Nunca defendi a troca de sexo ou a erotização de crianças”.
PSOL já expulsou cristãos
Apesar da campanha de alerta sobre o quanto as ideologias de esquerda contrariam os ideais cristãos, existem vários candidatos que mesmo sendo cristãos concorrem por legendas que em seus documentos de fundação explicitam a contrariedade a princípios bíblicos.
Eleito deputado federal pelo PSOL, em 2014, o cabo Daciolo (PTdoB/RJ) foi expulso do partido por causa de suas ideias religiosas. Outro caso conhecido é o da ex-senadora Heloisa Helena, hoje na Rede. Católica, ela se desligou do PSOL em 2012, afirmando que um dos motivos de sua decisão é que a legenda a “obrigava a defender o aborto”.
Conforme lembrou Malafaia, o PSOL usa um tom moderado no período eleitoral, mas sua postura na Câmara dos Deputados é bem conhecida, principalmente por causa da atuação de Jean Wyllys (PSOL/RJ). “Agora estão todos bonzinhos, mas durante quatro anos eles trabalham contra nossos princípios”, ressalta o pastor no final do vídeo.
Fundador do PSOL, procurador Mauro tentou em 30 segundos na TV apagar os 12 anos de história de seu partido. O presidente do PSC em Mato Grosso, Victório Galli, mencionado na inserção se pronunciou ao Gospel Prime: “Não sou contra a pessoa do Procurador Mauro, mas pelo fato dele nunca ter se pronunciado contra o seu partido. Ele é um dos fundadores do PSOL. Por exemplo, fala no vídeo que é contra mudar a legislação do aborto, mas não diz que é contra o aborto”.
Ideias radicais
Aliados até o último momento da presidente cassada Dilma Rousseff (PT), o PSOL publicou em 2014 um documento chamado “Conjuntura Nacional”onde explica que irá combater o que defende o pastor Marco Feliciano (PSC/SP) e a maioria da bancada evangélica.
Já o seu documento principal, o estatuto do partido, especifica que todos os seus filiados concordam o “programa” de fundação. Nele, é possível ver que seu objetivo principal é transformar o Brasil em um regime socialista. Até recentemente o PSOL apoiava abertamente o regime de Nicolás Maduro
Os psolistas Jean Wyllys e Luciana Genro sempre deixaram claro que defendem a ideologia de gênero, mesmo que ela contrarie o artigo 229 da Constituição Federal – segundo o qual a educação moral é responsabilidade dos pais.
Fonte: Gospel Prime
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