Os membros de seis igrejas da província de Ache, na Indonésia, estão vendo um crescimento inesperado após começarem a ser reunir na floresta para cultuar a Deus. Por causa do aumento da perseguição, os templos dessas congregações foram destruídos no ano passado por extremistas islâmicos.
De acordo com o World Watch Monitor, onze templos cristãos foram queimados no final de 2015 por uma multidão enfurecida, da qual faziam parte autoridades policiais. Essas ações fizeram parte de uma campanha incentivada por radicais muçulmanos para destruição de todas as igrejas.
Desde que província de Aceh, que funciona de modo semi-autônomo, adotou a lei sharia em 2001, tornou-se inviável qualquer manifestação religiosa não islâmica. A legislação exige que 60 assinaturas de muçulmanos sejam colhidas para que as autoridades permitam as obras. Banda Ache foi a região mais atingida pelo tsunami de 2004. Historicamente sempre foi um local de muita perseguição contra os cristãos.
Como o país vive um clima eleitoral, os crentes temem que as autoridades não deem novas licenças de construção, pois isso iria irritar os eleitores muçulmanos. Os membros das igrejas queimadas dizem que já esperam a mais de um ano e que as desculpas sempre mudam.
Lahmot, um cristão que teve o nome alterado por questões de segurança, disse que é “tarde demais” para que as autoridades lhes deixem voltar a usar os templos. Os cristãos vêm se reunindo ao ar livre, apenas das ameaças quase
diárias e das chuvas tropicais que dificultam a reunião nessa época do ano.
“A chuva é frequente, mesmo assim continuamos com o culto. Ainda que nossas barracas estejam vazando e a água da chuva ou lama esteja por toda parte, ninguém vai embora”, explica um membro da Igreja Cristã Indonésia.
“Estou triste por termos de adorar em tendas improvisadas no meio de uma plantação de óleo de palma [dendê], mas continuamos animados”, disse Boru Manik, membro da igreja local.
Vídeo divulgado em 2015, mostrando uma igreja sendo queimada em Ache
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