quarta-feira, 19 de julho de 2017
Estudo projeta protestantismo como religião majoritária no Brasil em menos de 20 anos
O Brasil passa por um momento de transição religiosa. É o que sugere um estudo da La Civiltà Cattolica Iberoamericana, de 7 de julho de 2017. O estudo diz que o número de protestantes cresceu na mesma proporção em que o número de católicos diminuiu no Brasil.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 1940, os evangélicos representavam apenas 2,4% de toda a população nacional. Em 1990, os protestantes avançaram para 9%. A partir desse ano, o protestantismo teve um ‘boom’ em todo Brasil, aumentando 13,2% em 20 anos e a marca de 22,2% em 2010.
Segundo estudos de José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE, 72% das pessoas que deixaram o catolicismo de 1991 a 2010 migraram para o protestantismo.
O estudo de José Eustáquio Diniz Alves explica que, desde 1991, o protestantismo ganhou 0,69% ao ano, os ‘sem religião’ cresceram 0,17% ao ano e outras denominações aumentaram 0,1%. Ele conclui que, levando-se em conta esses dados, a tendência é que o protestantismo se torne a religião majoritária do Brasil em 2036, com 40,3% da população evangélica. “As indicações atuais apontam para um Brasil, no futuro, menos católico, mais evangélico e com maior pluralidade religiosa”, escreve Diniz Alves em seu artigo.
Com informações do Instituto Humanitas Unisinos
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