segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Situação dos cristãos de hoje é a pior da história, aponta novo relatório

O relatório “Perseguidos e Esquecidos”, encomendado pela organização Auxílio à Igreja Necessitada (ACN), indica que o cristianismo está a ponto de ser exterminado em certos países.
O co-autor do estudo, John Pontifex, afirmou: “Nós temos uma bomba relógio aqui, onde os cristãos em certas partes do mundo não têm muito tempo para que sua situação seja resolvida.”
Ele cita como exemplo o Iraque, onde havia 1,2 milhão de cristãos há 15 anos e atualmente são menos de 200 mil. Ao mesmo tempo, na Síria restam apenas 25% dos cristãos em comparação ao início da guerra, em 2011.
“Se essa taxa de declínio continuar, vamos ver o fim do cristianismo em certas áreas num futuro próximo”, indica, referindo-se ao Oriente Médio e norte da África em especial. Destaca ainda que não há diferença na maneira como evangélicos, católicos e ortodoxos são tratados, a perseguição atinge a todos na mesma intensidade.
O estudo foi apoiado pelo arcebispo Issam John Darwish, bispo do Líbano, um dos quatro palestrantes convidados para o evento de lançamento do documento na Câmara dos Lordes, em Londres. Ele fez um relato pessoal sobre a perseguição cristã em seu país.
O bispo disse aos participantes do evento que o número de cristãos no Oriente Médio está em declínio porque muitos continuam fugindo da guerra na região.
O relatório revelou ainda que a intensidade da perseguição contra os cristãos na China, Egito, Eritreia, Índia, Irã, Iraque, Nigéria, Coréia do Norte, Paquistão, Sudão, Síria e Turquia piorou consideravelmente entre 2015 e 2017. A Arábia Saudita foi o único país onde a perseguição permaneceu inalterada.
O material destaca que o mundo está em uma encruzilhada na questão da perseguição e é vital compartilhar a situação vivida pelos cristãos, especialmente nos países em que são minoria.
Como é sabido, grupos como o Estado Islâmico e o Boko Haram são os maiores responsáveis pelos ataques organizados, mas existem muitos outros lugares em que é o próprio governo que promove a repressão.
Os autores do estudo acusam a comunidade internacional de não responder adequadamente à violência, afirmando: “Os governos do Ocidente e a ONU não ofereceram aos cristãos em países como o Iraque e a Síria, a ajuda emergencial que eles precisavam quando o genocídio começou. Se as organizações cristãs e outras instituições de direitos humanos não tivessem intervindo, a presença cristã já poderia ter desaparecido em partes do Oriente Médio”.
A conclusão do estudo é: “Em um momento histórico onde no Ocidente o foco da mídia está nos direitos das pessoas, independentemente de etnia ou sexo, é irônico que, na maior parte dos órgãos de comunicação, haja uma cobertura limitada da perseguição religiosa constante vivida por tantas pessoas”. 

Com informações Premier

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