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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Condenada à morte por se tornar cristã, Meriam Ibrahim deixa Sudão e é recebida pelo papa, no Vaticano

A sudanesa Meriam Ibrahim, condenada à morte em maio por se converter ao cristianismo, deixou o Sudão nesta quinta-feira (24). Acompanhada do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Lapo Pistelli, ela foi levada para Roma com o marido, Daniel Wani, e os dois filhos, onde foi recebida pelo primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, ainda no aeroporto. Horas depois, eles se encontraram com o papa Francisco, no Vaticano. Ela e a família devem seguir viagem rumo a Nova York, nos Estados Unidos.
Meriam, que já era mãe de um menino, chegou a dar à luz sua primeira filha, Maya, na prisão. Ela foi libertada no mês passado para, logo depois, ser presa novamente, enquanto tentava deixar o Sudão com a família no dia 24 de junho. Autoridades acusaram a mulher de tentar sair do país com documentação falsificada. Porém, no mesmo dia, Meriam foi liberada novamente. A sudanesa buscou refúgio na embaixada dos Estados Unidos junto ao marido, que é cidadão americano.
Para as autoridades do Sudão, o crime de Meriam seria ter se casado com um cristão – o que, de acordo com a interpretação sudanesa da sharia, significa adultério – e ter se convertido à religião do marido. Por isso, ela, que teria sido denunciada pelo próprio pai, foi presa e condenada à morte. Em uma das audiências de julgamento do caso, o juiz a chamou pelo nome árabe, Adraf Al-Hadi Mohammed Abdullah, e pediu a ela que se convertesse novamente ao Islã. Na ocasião, Meriam disse: “Eu sou cristã e não cometi apostasia”.
De acordo com a última classificação de países por perseguição ao cristianismo divulgada pela Missão Portas Abertas, o Sudão aparece em 11º lugar como o país que mais persegue cristãos em todo o mundo.

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