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terça-feira, 17 de maio de 2016

Israel removerá minas do local onde Jesus foi batizado

Perto do lugar onde acredita-se que Jesus Cristo foi batizado, no rio Jordão, em Israel há placas com o aviso em árabe, inglês e hebraico: “Perigo MINAS!”.  No seu entorno existem sete igrejas cristãs. Desde 1967, a área com 136 acres de medida tem no subsolo quase 5 mil minas terrestres.
Parte de uma área disputada com a Jordânia durante a Guerra dos Seis Dias, Israel instalou as minas para impedir ataques. Depois de quase meio século, o campo minado continua bloqueando o acesso ao templo da igreja católica e das 6 ortodoxas (copta, etíope, grega, romena, ortodoxa síria e russa).
Milhares de peregrinos passam por ali todos os anos. Agora, a organização humanitária inglesa HALO Trust, especializada em remoção de minas terrestres, recebeu permissão para começar a retirar as minas. O trabalho deverá durar cerca de 18 meses.
A maioria das igrejas, no complexo que é chamado de Qasr al-Yahud, hoje estão em ruinas, a mais bem conservada é a Igreja Ortodoxa Síria. Acredita-se que a desativação das minas viabilizará a restauração dos templos históricos e atrairá ainda mais pessoas, depois de sua conclusão em 2018. O custo estimado para a remoção das minas é de cerca de US$ 4 milhões.

Localização polêmica

As autoridades israelenses, palestinas e líderes religiosos envolvidos no projeto dizem esperar que isso irá transmitir uma mensagem de tolerância religiosa na região. “A coisa mais importante é permitir que a área receba novamente os peregrinos que desejam rezar ali”, assevera Noel Muscat, padre franciscano responsável pela parte católica da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém.
Mesmo os eruditos da Bíblia não estão de acordo com o local exato do batismo de Jesus Cristo.
A área que fica do outro lado do rio, no lado jordaniano, também é procurada pelos peregrinos. É chamada em árabe de al-Maghtas. Porém, existe outra teoria, que aponta para a região conhecida como Yardenit, que fica perto do Mar da Galileia ao norte de Israel.

Com informações WSJ

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