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quarta-feira, 5 de abril de 2017

Coluna do “pórtico de Salomão” é desenterrada em Jerusalém

O projeto Peneirar foi criado em 2004 por arqueólogos que desejavam investigar o que havia nas mais de 9 mil toneladas de terra removidas do Monte do Templo em 1999. O que era “lixo” para a Autoridade Islâmica Waqf – que administra o local desde a guerra de 1967 – para os judeus é parte essencial de sua história.
No final do ano passado, por exemplo, eles conseguiram resgatar parte do piso do Segundo Templo. Esta semana eles encontraram parte de uma coluna que ficava no “pórtico de Salomão”, mencionado no Novo Testamento como local de reunião da igreja no primeiro século (Atos 3:11 e 5:12). O local dava acesso ao pátio dos gentios e era ladeado por colunas.
Um capitel, parte que ficava no alto da estrutura, no estilo dórico, foi desenterrado. Ele indica que  cada  coluna tinha uma circunferência de 75 centímetros. A descoberta da peça, parte da colunata dupla que cercava o acesso Oriental do Monte Moriá nos dias de Jesus, é mais uma prova incontestável que os relatos bíblicos sobre o local estavam corretos ao afirmar que naquele local foram construídos dois templos judeus.
A coluna media 12 metros de altura e tinha um capitel cuidadosamente adornado. Além de o Novo Testamento falar sobre o local, o livro “A Guerra dos Judeus”, do historiador judeu-romano Flávio Josefo descreve a praça de acesso do Monte do Templo.
O Dr. Gabriel Barkay, diretor do Projeto Peneirar afirmou à imprensa: “Este é um capitel no estilo dórico, uma das características da arte na época da dinastia dos Hasmoneus. Parece que fazia parte da colunata oriental do Monte do Templo, que Josefo e até mesmo o Novo Testamento chamavam de “Pórtico de Salomão”.
Uma coluna como esta é um impressionante testemunho da imensidão das estruturas no Monte na era do Segundo Templo, e se encaixa bem com a narrativa de Josefo, que descreve o que ele viu com seus próprios olhos.
Barkay explicou que as colunas ficavam em duas fileiras paralelas, sendo cobertas com vigas de cedro que sustentavam a estrutura que oferecia sombra aos peregrinos, em especial quando vinham de muito longe para as três principais festas judaicas.
Esse tipo de descoberta em meio a tentativa dos palestinos e das Nações Unidas de negarem os vínculos históricos dos judeus com o Templo e com Jerusalém chama atenção nas vésperas da comemoração do cinquentenário da reunificação da sua capital eterna. Mesmo assim, o projeto Peneirar passa por dificuldades.
Seus idealizadores aproveitaram a divulgação desse achado para pedir ajuda financeira ao governo de Israel. Para Barkay, o Peneirar é uma “extraordinária ferramenta de educação”. Qualquer pessoa interessada pode se inscrever e envolver-se na busca arqueológica. Mais de 200 mil voluntários já passaram pelo local, ajudando a desenterrar importantes peças arqueológicas. 

Com informações Jerusalém Post

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