No elenco do longa estão Lupita Nyong’o, que já ganhou um Oscar, David Oyelowo e a estreante Madina Nalwanga.
Com estreia marcada para 24 de novembro, o filme mostra a trajetória de Phiona, hoje com 20 anos de idade. Ela nasceu e cresceu em uma das áreas mais pobres do mundo: Katwe, um bairro de Kampala, capital do Uganda. Seu pai morreu quando ela tinha três anos de idade.
Mais tarde, sua irmã mais velha também morreu de malária. A família era tão pobre que não conseguia pagar o aluguel e acabaram forçados a viver na rua, tendo de lutar pela sobrevivência a cada dia.
Tudo mudou quando, em 2007, Phiona entrou pela primeira vez na Igreja Agape, uma diminuta sala feita de madeira, onde o ex-jogador de futebol Robert Katende oferecia alimentos e ensinava xadrez para as crianças de Katwe. Trata-se de um dos projetos da missão Sport Outreach Ministry (SOM), que se dedica a pregar o evangelho enquanto oferece atividades esportivas.
Tempos depois, ela confessaria que foi em busca apenas da comida, mas que a mensagem a tocou profundamente. A missão SOM opera como ONG na África, oferecendo refeições quentes para mais de mil crianças em Uganda e no Quênia.
Enquanto as crianças comem, ouvem mensagens bíblicas. Além de atividades esportivas, o ministério também possui projetos de plantação de igrejas e perfuração de poços artesianos. Em alguns lugares eles oferecem bolsas de estudo para que crianças carentes possam ter acesso a escolas.
Desde que foi criado, em 2005, o fundo que paga por essas bolsas ajudou milhares de crianças como Phiona na África e na América Latina.
Entre a fé e o trabalho humanitário
O presidente da SOM, o norte-americano Sal Ferlise, acredita que o filme irá se tornar um testemunho de como a fé pode restaurar a esperança. Além da abordagem sobre o trabalho humanitário da igreja, há muitas cenas que mostram pessoas orando e os cultos. Isso é algo raro nos filmes de Hollywood.
Analfabeta, Phiona teve sua trajetória de vida mudada completamente por causa do trabalho missionário. Além de comer e frequentar a escola, ela se tornou uma enxadrista de destaque em seu país. Sempre treinada por Katende, que viu o talento natural da menina e a estimulou a seguir em frente, apesar da cultura machista de Uganda.
Dentro de dois anos ela vencia sua primeira competição internacional, realizada no Sudão. Aos 14 anos, participou da Olimpíada Mundial de Xadrez, na Rússia. Sua vitória foi uma surpresa para todos. Em 2010, o jornalista Tim Crothers, ficou interessado na história de Phiona e a visitou em Katwe. Ele escreveu um artigo e um ano depois lançou o livro, “A Rainha de Katwe”. A Disney comprou os direitos e agora lança o filme.
Afirmação da vida
Na estreia do filme, durante o Festival Internacional de Cinema de Toronto, David Oyelowo, que vive o treinador nas telas, afirmou: “É uma história de afirmação da vida. Não vemos o suficiente disso, acredito, nem cinema, nem na imprensa. Estou muito orgulhoso de ver uma história como esta feita pela Disney”.
A verdadeira Phiona Mutesi compareceu à estreia, e a jovem campeã de xadrez disse que não podia acreditar que fizeram um filme sobre a sua vida.
Ela explica que o trabalho da missão “me deu oportunidades e me ensinou que outra vida é possível”. “Minha vida foi muito difícil, eu dormi na rua, mas quando eu vi as crianças brincando felizes e animadas, pensei que eu queria ter a chance de ser feliz”, afirmou ao Evangelical Focus.
Assista ao trailer:
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