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sábado, 28 de junho de 2014

Meriam foi presa em aeroporto acusada de falsificação

A sudanesa Meriam e seu esposo, Daniel Wani, foram presos com seus dois filhos no começo desta semana ao tentarem sair do país. Meriam esteve presa por ter deixado o Islã e por ter se casado com um cristão.
A prisão da família no aeroporto durou algumas horas e segundo o porta-voz do departamento de Estado dos EUA, Marie Harf, o motivo foi os documentos da família.
Os passaportes foram emitidos pelo Sudão do Sul, mas o voo sairia de Cartum, no Sudão, onde as autoridades suspeitaram de falsificação. Os advogados foram acionados e precisaram intervir, Daniel é do Sudão do Sul e todos os seus documentos e de sua família são originais.
Meriam ficou presa em seu país por ter seguido a religião de sua mãe, que era cristã, e não a de seu pai, que era muçulmano. O governo entendeu que ela negou a religião do Estado e a condenou à morte.
O casamento entre Meriam e Daniel, que também é cristão, não foi reconhecido pelo Sudão que a condenou por “adultério” e antes de morrer ela receberia 100 chibatadas por este “crime”.
A pressão internacional funcionou para a libertação de Meriam que teve seu segundo filho na prisão onde aguardava a execução das penas. O governo acabou cedendo e libertou a sudanesa.
O governo americano está acompanhando de perto o caso, pois a família deixará o Sudão para morar nos Estados Unidos.”O governo do Sudão afirmou aos Estados Unidos que Meriam e seu marido estavam a salvo”, comentou Harf de acordo com a BBC.
Uma fonte do Ministério de Relações Exteriores sudanês afirmou que o problema era que Meriam estava com um documento emitido por outro país que não o dela de origem. Assim que o documento fosse emitido a família poderia seguir com a viagem.

Com informações Portas Abertas

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