Entre outras conclusões, o relatório revela que até 2020, a maioria dos profissionais acredita que os smartphones e os “wearables” (computadores vestíveis) serão os dispositivos mais importantes na força de trabalho.
Na verdade, a tecnologia já existe e está sendo testada em diferentes países. Em setembro, um grupo de australianos inseriu microchips sob a pele para poderem controlar dispositivos eletrônicos apenas com um movimento.
Ben Slater, diretor de publicidade para a Apple na Austrália, tornou-se famoso por demonstrar como os smartphones interagem com quem já usa um chip com a tecnologia RFID (Identificação por Radio- Frequência). Do tamanho de um grão de arroz, o implante subcutâneo permite que o usuário possa abrir portas, ligar e desligar luzes e uma série de outras coisas apenas com gestos, sem precisar tocar nas coisas.
O celular identifica o movimento e se “comunica” com os objetos, numa simbiose que até recentemente só era possível se ver em algum filme de ficção. Sua ação foi uma maneira de promover o lançamento do IPhone 6 na Austrália e mostrar de que maneiras o telefone se comunica com os chips.
Além de Slater e outros australianos, a tecnologia também ganhou adeptos na Suécia. Durante a conferência SIME 2014, realizada este mês em Estocolmo, voluntários suecos implantaram chips similares, que permitem a interação com aparelhos eletrônicos.
Emilott Lantz, 25, é parte de um grupo de cerca de 100 pessoas que vivem com um microchip de tecnologia RFID. Durante a SIME, onde foi debatido e apresentado os mais recentes avanços na área de tecnologia, todos os participantes interessados receberam o implante do microchip de graça. Trata-se do mesmo tipo comumente usado para rastrear animais de estimação.
O diferencial é que eles estão programados para servirem aos seres humanos como substitutos de chaves e senhas. Para Lantz, além da curiosidade, esse foi o principal motivador. Agora, ela não precisará carregar tantas chaves como de costume.
“A tecnologia não é nova, mas o assunto torna-se sensível apenas porque é no corpo humano”, disse ela. “Eu não me sinto como se isso fosse o futuro – este é o presente. Para mim, é estranho que não vimos isso ser usado antes”, conclui.
Nos Estados Unidos, um homem chamado Robert Nelson inseriu chips com a tecnologia NFC, a qual permite a troca de dados por aproximação, nas duas mãos. Uma reportagem do site ‘Ubergizmo’, mostra que Nelson já conseguiu simular pagamentos, pois é a mesma tecnologia usada no pagamento por smartphones.
De acordo com RT News esse mesmo tipo de chip NFC foi implantado por um grupo de holandeses. Eles fazem parte de um experimento comandado pelo empresário Martijn Wismeijer. Através de estruturas de vidro “biocompatíveis”, ele conseguiu implantar dois chips nas mãos que são capazes de armazenar e realizar transações com a moeda virtual “bitcoin”. Ou seja, ele literalmente não precisa mais de dinheiro ou cartões de crédito para fazer compras.
Co-fundador da empresa MrBitcoin, que é especializada em negociações com moedas virtuais, ele explica que os chips se comunicam com qualquer smartphone que rode o sistema Android. “O terminal de pagamento continua sendo o telefone, mas é possível transferir bitcoins a partir dos chips”, explica.
Em vários países desenvolvidos, os benefícios de se usar chips (com fins medicinais ou não) são bastante debatidos entre os adeptos do trans-humanismo, também chamado de Humanidade +.
Esse movimento filosófico deseja explorar as inovações da ciência e tecnologia e sua relação com a humanidade. Seu objetivo é fazer a humanidade vencer as barreiras do organismo e prolongar a vida indefinidamente. O assunto foi tratado de maneiras diferentes em dois filmes lançados este ano: “Lucy”, estrelado por Scarlett Johansson, e “Transcendence – A Revolução”, com Johnny Depp.
Com informações de Daily Mail e The Local
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