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sexta-feira, 29 de maio de 2015

Invocação do Charlie causa pânico em escolas

Enquanto muitos acreditam que a brincadeira de invocar o demônio Charlie é um jogo de ilusão, já há relatos no Brasil de casos de crianças que passaram mal em escolas e algumas pareciam “possuídas”.
No Amazonas os casos ganharam destaque na TV, pois nesta semana alunos da Escola Estadual José Carlos Mestrinho, em Manaus, fizeram a brincadeira que gerou um caos com muitas crianças passando mal.
A brincadeira do Charlie foi feita durante o intervalo no período da manhã, testemunhas dizem que ao ver as canetas se mexendo os alunos entraram em desespero e saíram gritando.
A confusão foi tanta que uma aluna teve que ser socorrida e saiu da escola em uma maca enquanto uma segunda jovem foi levada nos braços de um homem aparentando estar desmaiada.
Vídeos postados na internet mostram outros alunos da escola passando mal. “Ela estava se delirando, não falando coisa com coisa, falando que não era para deixar ninguém levá-la”, relata uma aluna.
A mãe de um dos alunos disse na TV que as crianças ficaram desesperadas porque viram o demônio. A escola precisou fazer uma reunião com os pais para tomar providências em relação aos casos.
Mas a escola estadual não foi a única, muitos outros estabelecimentos de ensino registraram casos semelhantes de crianças apavoradas com o resultado dessa brincadeira. Pais e docentes se mostram preocupados com a forma que este desafio tem se espalhado e nas situações de pavor e pânico que ele tem gerado.

Brincadeira é jogada de marketing para filme de terror

Enquanto dezenas de crianças se apavoram acreditando que há mesmo um espírito que faz com que o lápis ou caneta se mova, outros sites revelam que o jogo nada mais é do que uma jogada de marketing para divulgar um filme de terror.
A produtora Blumhouse Productions lançou a brincadeira para divulgar o filme “A Forca” (The Gallows) produzida por Jason Blum, mesmo responsável pelos filmes ‘Atividade Paranormal’, ‘Sobrenatural’ e ‘Uma Noite de Crime’.
O filme conta a história de Charlie, um jovem que morre durante uma peça teatral realizada no colégio. Vinte anos depois os alunos decidem relembrar o caso e refazer a peça, mas descobrem que há coisas que devem ser deixadas no passado, o que nos faz entender que o espírito de Charlie irá aterrorizar os novos alunos.


Confira:



Charlie: Possessão demoníaca, divulgação de filme ou apenas brincadeira?


Assim como muitas “lendas urbanas”, a brincadeira “Desafio Charlie, Charlie” começou a se espalhar por todo mundo via redes sociais. Em poucos dias, o assunto já gerava polêmicas em diversos países.
A ideia de “invocar espíritos” através de jogos é antiga. Anos atrás havia o chamado “jogo do copo”, na Europa e nos EUA é conhecido como o tabuleiro de Ouija. Basicamente todos tentam explorar o mesmo princípio de que existem espíritos de pessoas mortas ao nosso redor e podemos nos comunicar com eles.
Contudo, mais que uma versão para o Charlie surgiu. Circulam na internet centenas de vídeo que mostram como funcionaria a invocação. Um lápis ou caneta é cruzado sobre outro e as palavras “sim” e “não” escritas no papel que fica por baixo em forma de cruz. Faz-se perguntas ao “espírito” e a caneta ou lápis cairia sobre a resposta. O espírito que atende pelo nome de Charlie seria o de uma criança mexicana falecida em situação trágica.
Surgiram explicações mais “científicas” como as que alegam que a vibração da voz de quem faz as perguntas é o suficiente para mover a caneta que já está em desiquilíbrio. Ou seja, é física pura que a gravidade eventualmente atrairá a ponta de uma das canetas para baixo.
A rede de TV inglesa BBC fez uma investigação sobre a origem da brincadeira e mostra que, ao contrário do vem sendo divulgado, não é uma brincadeira tradicional do México, mas pode ser vista como uma versão moderna do “jogo da lapiseira” que existe há séculos na Espanha. 

Charlie é um demônio

A coisa ficou mais séria quando um padre-exorcista do Vaticano resolveu fazer um alerta contra a invocação. O sacerdote católico espanhol José Antonio Fortea, falou ao jornal  britânico The Mirror que espíritos realmente podem aparecer se invocados, mas que “ninguém vai gostar do que vier em seguida”.
“As pessoas realmente podem sofrer as piores consequências por causa desses demônios”, alerta. Além de acreditar que espíritos do mal estejam por trás do “jogo”, afirma que não é impossível que se aproveitem disso e hajam possessões.
Até o momento, nenhum pastor brasileiro de renome veio a público se manifestar sobre o assunto. Para quem acha que é só mais uma “bobagem” da internet, o jornal Washington Post fez um levantamento mostrando que os vídeos da brincadeira são os mais compartilhados pelo aplicativo Vine na última semana.
No Twitter, o termo #CharlieCharlieChallenge foi utilizado mais de 1,6 milhões de vezes em um único dia. Mais pessoas estão pesquisando por “Charlie Charlie” no Google do que praticamente qualquer outra notícia.

O diabo vai usar essa armadilha

O pastor Fernando Betancourt, na República Dominicana afirma que o verdadeiro nome do jogo é “O Mensageiro do Diabo”. Para ele, os cristãos não deveriam se envolver nessa prática, pois pode abrir uma “porta para Satanás”.
Esta semana, o pastor Douglas Guimarães publicou um vídeo na internet sobre o assunto.  Para ele, a Bíblia condena esse tipo de invocação. “O diabo vai usar essa armadilha”, alerta. Sugere que ao invés de ficarem brincando de invocar espíritos, os jovens devem ler a Bíblia.


Fonte: Gospel Prime - Adaptação: Amigos do JM

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