A cidade de Marawi, na ilha de Mindanao, no sul das Filipinas, virou um campo de batalha do Exército do país contra forças aliadas ao grupo radical Estado Islâmico. Os islâmicos tomaram grande parte da cidade, sequestrando funcionários públicos, cristãos, incendiando prédios e libertando presos.
O tumulto em Marawi começou na tarde de terça-feira (23) após uma invasão fracassada de forças da segurança contra um esconderijo do Maute, um grupo radical que fez aliança com o Estado Islâmico. Os terroristas se dispersaram pela cidade, incendiando prédios e assumindo pontes, um hospital, duas prisões, uma igreja e uma faculdade. “O chefe da polícia de Malabang foi parado pelos terroristas quando regressava para casa, e creio que o decapitaram no local”, declarou o presidente Rodrigo Duterte, que decretou lei marcial na região para conter os avanços islâmicos para o resto do país.
Duterte condenou o terror praticado pelos terroristas nas Filipinas, cuja população é de maioria cristã. “Qualquer pessoa que esteja segurando uma arma, confrontando o governo com violências… Minhas ordens são para não poupar ninguém, vamos resolver os problemas de Mindanao de uma vez por todas”, ameaçou Duterte. “Se você acha que deve morrer, você irá morrer. Se você lutar contra nós, você irá morrer. Se houver desafio aberto, você irá morrer, e se isto significa muitas pessoas morrendo, que seja. É assim que é”, completou o presidente filipino.
As forças militares filipinas dizem ter recuperado mais de 120 pessoas de uma escola e um hospital. O padre Chito Suganob e fiéis são mantidos reféns na catedral de Santa Maria, que foi parcialmente destruída. De acordo com o jornal britânico DailyMail, outros nove cristãos tiveram suas mãos amarradas e foram assassinados pelo grupo terrorista.
Milhares de pessoas já deixaram a cidade por causa dos ataques islâmicos. Marawi, que tem cerca de 200 mil habitantes, está se tornando uma “cidade fantasma”, como descreveu uma autoridade local. Grandes grupos estão passando a todo momento por postos de verificação para abandonar o campo de batalha.
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