Igreja Celular Internacional entrevista Ana Nóbrega

Ana Nóbrega está prestes a gravar seu novo CD e seu primeiro DVD Ao Vivo, com tantas mudanças em sua vida, e com um crescimento ministerial enorme a cantora prestou uma entrevista ao site da Igreja Celular Internacional de Copacabana (RJ). Confira a entrevista abaixo.

Ela dança sobre toda dor e, em todo o Brasil, já é conhecida como a destemida. O adjetivo é fruto do álbum “Nada Temerei”. Ana Nóbrega, que esteve no Culto de Mulheres de julho na Igreja Celular Internacional, ministrando a Palavra e o louvor, compartilhou conosco sobre sua história e novos projetos.
Ana iniciou sua carreira ministerial em 2007, quando gravou “Jesus, me rendo a Ti”, em Fortaleza, sua cidade natal. Logo após, mudou-se para Belo Horizonte (MG), onde estudou sobre louvor e adoração no Centro de Treinamento Diante do Trono. A partir dali, tornou-se integrante do Diante do Trono – um dos maiores ministérios de louvor do mundo. Foram quatro anos e sete CDs gravados com o grupo, no qual ficou conhecida por canções como “Glória” e “Porque estás comigo”.
A saída do DT deu-se por um chamado de Deus ao ministério solo e, em 2013, Ana Nóbrega lançou o CD “Nada Temerei”. Atualmente, morando no Rio de Janeiro e congregando na Igreja Apostólica Unidade em Cristo, ela se prepara para a gravação de seu primeiro DVD, “Não me deixes desistir”, no dia 6 de setembro. Confira as expectativas para esse dia e, ao final, uma mensagem especial para as mulheres da ICI:

 ICI: De Fortaleza para Belo Horizonte e, agora, morando no Rio de Janeiro.  Como está essa nova fase da sua vida?

Ana Nóbrega: Eu tenho dito para as pessoas que eu e o Dvaldo, meu esposo, não mudamos, fomos trasladados para cá. Nós estivemos na Ilha do Governador, em março de 2014, participando do Congresso de Mulheres na Igreja Apostólica Unidade em Cristo, e esses irmãos nos abraçaram de uma forma tão especial que se tornaram amigos e arrebataram nosso coração. E nós sabemos que, nós que somos filhos de Deus, somos guiados pelo Espírito Santo de Deus, e as alianças que Deus faz não são por acaso.
Nós amamos Belo Horizonte, e o que vivemos lá foi e sempre será inesquecível. Eu não seria o que sou hoje se não fosse a instrumentalidade dos irmãos da Lagoinha e do Diante do Trono, mas estou muito feliz aqui no Rio. Estou com um sentimento de contentamento e pertencimento, porque o cearense se parece muito com o carioca, e isso tem nos deixado muito à vontade.

ICI: Em Fortaleza, você gravou o seu primeiro CD, “Jesus me rendo a Ti”. Como começou o sonho de gravar suas canções e expor seu coração?

Ana: Se dependesse de mim, eu jamais estaria vivendo tudo isso porque sou uma pessoa altamente passiva. É a minha personalidade. Quando estou ministrando, eu passo a ideia de ser uma mulher de atitude, mas a verdade é que eu sou muito tímida e passiva. Eu não sou aquela mulher que luta pelas coisas, mas eu sempre me cerquei de pessoas que enxergaram o meu potencial, e essas pessoas me abençoaram e me empurraram. Eu posso dizer que “Jesus, me rendo a Ti” nunca foi algo do meu coração, porque eu sozinha jamais teria gravado aquele CD. Quando meu pastor, na época, soube que eu iria para o CTMDT, ele disse: “Eu sei que você tem canções. Nós vamos te ajudar e você vai gravar o CD”. Então, foi nesse empurrão que eu entrei nesse sonho de Deus para minha vida. A partir de então, eu tenho vivido o cumprimento das promessas do Senhor.

ICI: Depois do CTMDT, você se tornou integrante do Diante do Trono. Como isso aconteceu?

Ana: Foi a mesma coisa. Eu era aquela aluna quieta e calada, mas muito dedicada às aulas. Não me distraía. Eu tenho essa disciplina de ser muito focada quando estou em um projeto. Mas, geralmente, antes de me dedicar a algo, fui empurrada por alguém. E, ali no CTM, foi assim também. O Sérgio (ex-maestro do DT) me viu, a Ana (líder do DT) me viu, os meus coordenadores viram o dom de Deus na minha vida, e foram eles que colocaram o microfone na minha mão. Eles que me chamaram e me desafiaram. Desde então, tem sido assim.

O CD “Nada Temerei” foi outro desafio. Um profeta esteve lá no Diante do Trono e disse: “Deus está me dizendo que é para você sair. Essa é a sua última gravação”. E foi assim, tudo muito claro. A Palavra de Deus na minha frente e na frente de todas as pessoas. E, agora, eu estou me preparando para um novo CD, que, para mim, é o maior desafio de todos. Eu sei que Deus é quem está me empurrando e sei que é Ele quem vai fazer. A mim, só cabe obedecer.

ICI: “Não me deixes desistir” é o tema do próximo CD. O que te motivou a gravar sobre esse assunto?

Ana: As experiências que vivi com o “Nada Temerei” me fizeram perceber que muitas pessoas estão a ponto de desistir. Temos nos deparado com testemunhos de suicídio, loucura, depressão e transtornos. As pessoas estão perdendo a força, e não se acredita mais nos relacionamentos de amizade e no ser humano. É um tempo bem complicado.
Eu não tenho um testemunho maravilhoso por trás da música “Não me deixes desistir”. Eu estava lavando louça e aí veio. Então, me sentei e veio a inspiração, porque eu preciso obedecer quando a melodia e a letra vêm. Eu preciso sentar, escrever e gravar, senão eu me esqueço. Mas tudo isso que eu tenho visto nas igrejas aonde vou e com as pessoas que eu converso me influenciaram para compor.

ICI: Qual sua expectativa em relação a essa canção?

Ana: Eu vejo pessoas com a arma na cabeça, ouvindo a música e aquela ideia indo embora. Eu sonho com isso. A gente sabe que, talvez, eu não vá a todos os lugares do mundo, mas a minha música pode chegar lá. Seja pela internet ou por alguém que dê o CD de presente, a mensagem de Deus é espalhada.
Eu não vejo a hora de gravar essa canção. O arranjo já está feito, e está muito bonito. É uma letra bem sugestiva. Talvez alguns digam que é uma letra comercial, mas eu não me importo com isso. Eu sei que veio de Deus e é algo para esse tempo. Eu sei que muitas pessoas ouvirão essa mensagem e voltarão a confiar. A esperança, o entusiasmo, a vontade de viver, a vontade de lutar pela família, a vontade de lutar pelo corpo de Cristo… Tudo isso será trazido de volta. Isso queima no meu coração.

ICI: O que podemos esperar no dia da gravação?

Ana: Nós vamos gravar o CD e o DVD. O CD terá dez canções, todas elas inéditas. Vamos regravar “Lindo”, que é versão de uma música da Gateway, interpretada pela Kari Jobe. Eu já tive a honra de gravá-la em português no CD “Glória a Deus”, do Diante do trono, mas todo mundo pergunta se está no CD “Nada Temerei”, e não está. Então, para atender esse pedido das pessoas, vamos colocá-la no CD “Não me deixes desistir”.
E, para o DVD, que tem mais tempo, teremos 17 faixas. Como dez são inéditas, sete serão regravações: “Lindo”, “Glória”, “Porque estás comigo” e algumas canções do “Nada Temerei”, como ela própria e “Eu quero o Teu fogo”.

Como participação especial, teremos o Trazendo a Arca, que está congregando na mesma igreja que nós, a IAUC. Desde que chegamos à igreja, temos sentado para compartilhar, conversar e orar uns pelos outros. Tenho me identificado muito com a história deles, então convidamos e eles toparam. Os arranjos já estão chegando, a banda já está definida e o cenário está lindo. A igreja vai ficar irreconhecível.

ICI: Por que sua atual igreja foi o local escolhido para essa gravação?

Ana: Muitos têm perguntado por que não gravo em um lugar maior, e eu tenho respondido a essa pergunta com o ensino de Jesus quando Ele fala que, o homem que vai construir uma torre e encarar uma construção, tem que projetar o começo até o fim (Lucas 14.28-30). Jesus está querendo dizer que quando você encara um projeto, você tem que saber se consegue chegar até o final, senão vai ficar feio para você.
A verba que nós temos é pouca diante do que precisávamos para fazer um projeto maior. Nós oramos e sentimos muita paz de fazer na igreja, porque eu não quero dar passos de fé maiores do que as minhas pernas. E na igreja, sem cadeiras, cabem 3.500 a 4mil pessoas, que para mim já é um número maravilhoso. Eu gosto do aconchegante, de ter todo mundo pertinho. Isso me atrai. Eu estou muito satisfeita e feliz. Não acho que a gente tenha que fazer uma coisa muito grandiosa agora. Para mim, está tudo perfeito.

ICI: “Não me deixes desistir” supera as gravações anteriores?

Ana: Eu tenho certeza que sim. Se o “Nada temerei” já é bom, a gente tá vindo com tudo para esse novo CD. Eu amo o “Nada temerei” e não mudaria nada nele, embora tenha um potencial muito maior do que o que foi explorado. Eu entendo também que, quando outros trabalhos vierem, as pessoas vão querer conhecer como a Ana Nóbrega começou. O “Nada temerei”, para mim, é um álbum perfeito e foi feito com muito carinho e cuidado, da capa ao conteúdo. As letras e os arranjos são muito bem trabalhados. Eu amo o “Nada temerei”, que é diferente do “Jesus, me rendo a Ti”, o qual eu tenho muitas restrições, mas foi um ponto de partida. É uma referência para qual eu não quero mais voltar. Ele me fez ser melhor.

ICI: Você prefere a gravação ao vivo?

Ana: Particularmente, eu acho que ao vivo eu me entrego muito mais. Eu não ligo para roteiros, etiquetas e essas coisas. Eu me sinto muito à vontade, e isso torna a coisa mais autêntica. Eu não programo o que vai acontecer, mas vem de Deus e toca a vida das pessoas. Eu não programo que horas vou cair no chão ou a hora que o espontâneo vem, mas vem. Tudo vem. E, para mim, é uma surpresa a recepção das pessoas. Tem muita gente falando que está fazendo caravana de fora do Rio de Janeiro. Eu fico maravilhada. Para que alguém usaria seu tempo, seu dinheiro? Às vezes, a pessoa não tem e faz um sacrifício. Isso me constrange muito.

ICI: Para terminar, qual música sua você dedica às mulheres que estavam no culto hoje?

Ana: Eu dedico “Estou aqui”, que eu não cantei hoje, mas em todo tempo da Palavra eu pensava nela. Nós falamos sobre ansiedade, e, talvez, quem ler essas palavras vai se deparar com essa realidade e se identificar com ela. Dizemos “Ah, eu sou muito ansiosa. Eu não consigo esperar. Eu parto na frente, eu faço do meu jeito”, e a canção “Estou aqui” fala disso: “Eu preciso ajustar a visão, aquietar o meu coração, ouvir Deus falar; preciso desacelerar”.

O mundo hoje corre muito rápido, o tempo está abreviado, e a gente se perde nas nossas escolhas e decisões porque não priorizamos mais ficar com Deus. E aí é que começa a desgraça de tudo, porque arrumar a casa, fazer a comida ou qualquer outra coisa é mais importante. Mas se a gente deixa de ouvir o Senhor e de buscá-lo, aí tudo desanda. Uma coisa é certa: quando a gente prioriza Jesus, ele põe todo o resto no lugar. Você pode perceber que o dia que você levanta, ora e faz um devocional é um dia tão produtivo. Agora, o dia que você se levanta e vai correndo para as suas atividades, muitas vezes você não consegue fazer nem 50% e, ao final do dia, está completamente enfadado. É algo nítido. Todo mundo que vive essa prática testemunha assim. Então, ouçam “Estou aqui” e sejam saciadas pelo amor e pela presença de Deus.

Fonte: Igreja Celular Internacional