sexta-feira, 26 de junho de 2015
EI supera Al-Qaeda como líder do terrorismo global, diz relatório
O Departamento de Estado dos Estados Unidos informou em seu relatório anual que o Estado Islâmico (EI) ultrapassou a Al-Qaeda e hoje é o principal grupo terrorista do mundo.
O documento publicado enfatiza a forte capacidade do grupo em recrutar militantes estrangeiros e espalhar sua mensagem pelo mundo. Outro fator que fez com que o EI ultrapassasse a Al-Qaeda foi a capacidade de disseminar sua brutalidade.
Ainda de acordo com o relatório, em 2014 o número de ataques terroristas cresceu 35% em relação ao ano anterior. O departamento anotou, porém, que os ataques estão concentrados em alguns países e que 60% deles aconteceram no Iraque, Paquistão, Afeganistão, Índia e Nigéria.
O EI se vale das redes sociais para enviar mensagens recrutando novos soldados e ainda promovendo as atrocidades cometidas com os reféns que são capturados.
O número de mortes por terrorismo aumentou 81% em 2014, segundo o relatório americano, resultado de ataques excepcionalmente letais como decapitações e crucificações. Os números de sequestros e detenções também aumentaram.
Enquanto o EI cresce, a Al-Qaeda vai perdendo domínio, principalmente no Paquistão e Afeganistão. “A liderança da Al-Qaeda também parece ter perdido o ímpeto frente ao movimento de liderança global e à rápida expansão do Estado Islâmico”, diz o relatório.
Outro dado relevante do documento é a citação da influência que a guerra civil na Síria teve no aumento do terrorismo na região. “A taxa de terroristas estrangeiros que viajaram para a Síria – totalizando mais de 16 mil pessoas de mais de 90 países – ultrapassou o número de terroristas estrangeiros vindos do Afeganistão e Paquistão, Iraque, Iêmen ou Somália em qualquer período dos últimos 20 anos”.
O grupo terrorista Boko Haram também fez parte do estudo, com base na Nigéria, os extremistas dividem com o EI o nível de brutalidade de suas táticas e atacam a população nigeriana com apedrejamento e escravidão de crianças.
Com informações G1
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