Organizações cristãs estão trabalhando em uma modificação da Palavra de Deus para se adequar ao que é considerado “politicamente correto”. A ideia seria usar uma linguagem culturalmente relevante. Isso significaria adaptar-se ao que os seguidores de Maomé compreendem por Deus.
Sendo assim, o material elaborado por uma missão americana usa um termo equivalente em árabe de “Senhor” para trechos onde apareceria “Pai” e coloca “Messias” em vez de “Filho”.
Essa nova Bíblia árabe chama-se Histórias dos Profetas e foi lançada em um esforço conjunto das missões SIL, Wycliffe e Frontiers. Outro material, chamado O Significado do Evangelho de Cristo, remove a expressão “Pai” para falar sobre Deus substituindo-a pelo termo genérico “Alá”, e remove ou redefine a expressão “Filho”. Quando o original traz “Filho de Deus”, a opção foi usar “Profeta de Deus”.
A missão Frontiers produziu uma tradução em turco apenas do Evangelho de Mateus, que usa “guardião” no lugar de “Pai” e “representante” no lugar de “Filho”.
Por exemplo, o trecho de Mateus 28:19 diz: “Limpe-os pela água em nome de Alá, o seu Messias e seu Espírito Santo” em vez de “batizando-os em nome de Deus, do Filho e do Espírito Santo.”
Diferentes missionários cristãos e alguns tradutores da Bíblia chegaram a lançar uma petição on-line para impedir que essas traduções fossem distribuídas.
Por sua vez, as missões SIL, Wycliffe e Frontiers defendem-se alegando que o objetivo é fazer com que um leitor muçulmano entenda melhor o Evangelho. Na cultura deles, as traduções disponíveis dão a entender que a relação de Jesus com Deus é de filho “carnal” com Maria, o que é veementemente rejeitada.
Afirmam ainda que seguem as diretrizes da Aliança Evangélica Mundial (WEA), uma organização que representa diferentes denominações do mundo. O material vem sendo elaborado desde 2011 e já foi distribuído em alguns países.
Para os estudiosos essas modificações servem apenas para “obscurecer” a pessoa de Jesus como membro da Trindade, não comunicando sua divindade. Cristãos turcos e árabes também tem se manifestado, afirmando que isso pode confundir os muçulmanos, que geralmente sabem que a Bíblia chama Jesus de “Filho de Deus”.
Com informações de Conservative Post e Media Spotlight
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