Pastores de todo o território dos Estados Unidos vão protestar contra as restrições da Receita Federal norte-americana (IRS), que estaria os intimidando para que eles para não falassem de política na igreja. As tentativas de restrição estão sendo apontadas por estes líderes cristãos como uma violação de sua liberdade sobre o púlpito.
Um projeto de lei já foi apresentado por parlamentares do país, visando a proteção da liberdade de expressão dos pastores.
"O IRS não tem autoridade para censurar qualquer organização sem fins lucrativos, como seus muitos escândalos nos últimos anos já deixaram claro", disse Erik Stanley, advogado sênior da Aliança em Defesa da Liberdade, com sede baseada no Arizona, que deu início à organização 'Liberdade Dominical no Púlpito', em 2008.
A lei conhecida como 'Emenda Johnson' - que o candidato republicano à presidência Donald Trump prometeu revogar - diz que as organizações sem fins lucrativos, incluindo igrejas, não podem falar em favor de candidatos políticos e a Lei de Equidade de Discurso Livre - um projeto de lei que os deputados republicanos Steve Scalise e Jody Hice introduziram na Câmara na última quarta-feira (28), restringiria a aplicação da 'Emenda Johnson' contra igrejas e outros grupos sem fins lucrativos.
"O IRS não alimenta os famintos. O IRS não conforta os feridos. E o IRS definitivamente não ajuda os quebrados. O púlpito de um pastor deve ser comandado somente a Deus e o futuro da liberdade religiosa na América depende disso", diz o site da iniciativa.
"Este projeto de lei corrige uma restrição inconstitucional posta em prática em 1954, que nunca teve a intenção de afetar igrejas e outros grupos sem fins lucrativos, mas tem sido usada para intimidá-los desde então", disse Stanley, em um comunicado. "Ao remover a ameaça de uma investigação do IRS e potenciais penalidades, baseadas simplesmente, por exemplo, no que um pastor diz do púlpito, esta lei traz a entra em conformidade com a Primeira Emenda [Liberdade de Expressão]".
Ele disse que a não isenção fiscal pode ser baseada em uma exigência de que uma igreja ou qualquer outra organização sem fins lucrativos desista de uma liberdade constitucionalmente protegida, incluindo a liberdade de expressão.
"No que diz respeito às igrejas, elas podem decidir por si próprias o que deve ou não ser dito no púlpito. Os americanos não precisam que o IRS seja seu árbitro", afirmou.
"O governo está nos pedindo para dar a César o que corretamente pertence a Deus e não podemos fazer isso", alerta um texto de apresentação do projeto.
"A Bíblia diz a César o que é de César ea Deus o que é de Deus. Mas César está exigindo mais e mais do que já foi considerado pertencer a Deus", diz o Dr. Jim Garlow da Igreja Skyline da Califórnia.
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