A lei que proíbe a atuação política das igrejas e associações isentas de impostos pode estar com os dias contados nos Estados Unidos. O presidente americano, Donald Trump, comunicou nesta quinta-feira, dia 2, sua intenção de revogar a lei que vigora no país desde 1954. Se aprovada a mudança, a ala conservadora cristã conquistaria uma grande vitória após ter apoiado a campanha presidencial de Trump.
“Vou me livrar e destruir totalmente a Emenda Johnson, permitindo que nossos representantes de fé falem livremente e sem medo de retaliação”, afirmou o presidente, no momento em que estava no evento organizado pela fundação cristã The Fellowship.
Segundo Trump, “a liberdade religiosa é um direito sagrado, mas que está sob séria ameaça”. Neste quesito os líderes evangélicos americanos estariam livres para expressarem sua opinião acerca das ações de políticos, ou até mesmo de candidatos próprios vinculados as igrejas.
Os regimentos atuais descrevem que algumas organizações isentas de impostos, categoria que enquadra as igrejas, estão privadas de manifestações favoráveis a partidos ou candidatos. Comprovado apoio, podem perder o benefício concedido pelo governo.
A intenção de Trump poderá ser aprovada com relativa facilidade. É preciso a aprovação do Congresso, com maioria Republicana (partido de Trump).
No Brasil
Atualmente no Brasil existem algumas restrições no que tange o envolvimento de entidades como as igrejas nas campanhas políticas. No artigo 24 da Lei 9.504/97 está escrito que é “vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie” de entidades beneficentes e religiosas, como limita o inciso VIII.
A propaganda com placas e faixas também é proibida, assim como pintar inscrições de candidatos e distribuir panfletos. Os candidatos e partidos só podem fazer propaganda eleitoral fora dos arredores das igrejas.
Entretanto, não existe qualquer restrição a candidaturas de políticos ligados a alguma bandeira religiosa, prova disto é a existência da bancada evangélica na Câmara do Deputados em Brasília. Apesar de defenderem leis a favor dos princípios da Igreja como um todo, as igrejas não sofrem nenhuma restrição governamental.
Muitos líderes evangélicos indicam algum membro de sua denominação e o mesmo passa a ser o “candidato da igreja” e por consequência passa a representar a instituição no meio político também.
Fonte: Gospel Prime
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